Estruturas metálicas, como implantes metálicos ou clipes cirúrgicos, podem representar um desafio significativo para os radioterapeutas quando se trata de delinear órgãos de risco em imagens tomográficas. Isso porque as estruturas metálicas podem causar artefatos nas imagens, o que pode dificultar a identificação e o contorno preciso dos órgãos de risco.
O principal problema das estruturas metálicas nas imagens tomográficas é que elas podem causar listras ou sombras nas imagens, conhecidas como artefatos metálicos. Esses artefatos podem obscurecer o tecido subjacente e dificultar a identificação e o contorno precisos dos órgãos de risco. Isso pode levar a erros no planejamento do tratamento e administrar a dose errada aos órgãos de risco.
Além de obscurecer o tecido subjacente, os artefatos de metal também podem causar cálculos de dose imprecisos. Isso ocorre porque o metal absorve parte da radiação, fazendo com que a dose seja maior do que o esperado em áreas próximas ao metal e menor do que o esperado em áreas mais distantes. Isso pode levar a um risco aumentado de toxicidade induzida por radiação em tecidos saudáveis e a uma chance menor de o tratamento ser eficaz.
Para superar os problemas causados por estruturas metálicas em imagens tomográficas, os radioterapeutas costumam usar técnicas de imagem especializadas, como redução de artefatos metálicos (MAR) ou sequência de redução de artefatos metálicos (MARS) para reduzir ou eliminar os artefatos causados por estruturas metálicas. Essas técnicas podem melhorar a visibilidade do tecido subjacente e permitir uma identificação e delineamento mais precisos dos órgãos de risco.
A RT Medical Systems desenvolveu um software baseado em nuvem que visa auxiliar os médicos na redução de artefatos metálicos em imagens de TC. O software utiliza algoritmos avançados para eliminar os artefatos causados por estruturas metálicas, como implantes metálicos ou clipes cirúrgicos, que podem dificultar a identificação e o contorno preciso dos órgãos de risco nas imagens. Ao remover esses artefatos, o software melhora a visibilidade do tecido subjacente e permite uma identificação e delineamento mais precisos dos órgãos de risco, o que, por sua vez, pode melhorar a precisão do planejamento do tratamento e reduzir o risco de toxicidade induzida por radiação em tecidos saudáveis. O software foi projetado para ser fácil de usar e integrar-se aos sistemas existentes, tornando-o uma solução conveniente e eficiente para os médicos.
Em conclusão, as estruturas metálicas podem comprometer o trabalho do radioterapeuta na delimitação de órgãos de risco nas imagens tomográficas, por causar artefatos e erros nos cálculos de dose. Técnicas de imagem especializadas, como redução de artefatos metálicos, podem ajudar a reduzir esses problemas e melhorar a precisão do planejamento do tratamento.